A epilepsia (CID 10 G40.0) é uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que causa desmaios, contrações musculares e respiração ofegante. Quando não tratada imediatamente, pode levar à morte, já que durante uma crise, é possível ter asfixia. Causas A causa pode ser uma lesão no cérebro, decorrente de uma forte pancada na cabeça, uma infecção (meningite, por exemplo), neurocisticercose ("ovos de solitária" no cérebro), abuso de bebidas alcoólicas, de drogas etc. Às vezes, algo que ocorreu antes ou durante o parto. Vale ressaltar também que muitas vezes não é possível conhecer as causas que deram origem à epilepsia. Sintomas de Epilepsia As crises epilépticas podem se manifestar de diferentes maneiras: Convulsão A crise convulsiva (convulsão) é a forma mais conhecida pelas pessoas e é identificada como "ataque epiléptico". Nesse tipo de crise a pessoa pode cair ao chão, apresentar contrações musculares em todo o corpo, mordedura da língua, salivação intensa, respiração ofegante e, às vezes, até urinar. Desligamento A crise do tipo "ausência" é conhecida como "desligamentos". A pessoa fica com o olhar fixo, perde contato com o meio por alguns segundos. Por ser de curtíssima duração, muitas vezes não é percebida pelos familiares e/ou professores. Alerta Há um tipo de crise que se manifesta como se a pessoas estivesse "alerta" mas não tem controle de seus atos, fazendo movimentos automaticamente. Durante esses movimentos automáticos involuntários, a pessoa pode ficar mastigando, falando de modo incompreensível ou andando sem direção definida. Em geral, a pessoa não se recorda do que aconteceu quando a crise termina. Esta é chamada de crise parcial complexa. Existem outros tipos de crises que podem provocar quedas ao solo sem nenhum movimento ou contrações ou, então, ter percepções visuais ou auditivas estranhas ou, ainda, alterações transitórias da memória. Tratamento de Epilepsia O tratamento da epilepsia é feito através de medicamentos que evitam as descargas elétricas cerebrais anormais, que são a origem das crises epilépticas. Acredita-se que pelo menos 25% dos pacientes com epilepsia no Brasil são portadores em estágios mais graves, ou seja, com necessidade do uso de medicamentos por toda a vida, sendo as crises frequentemente incontroláveis e então candidatos a intervenção cirúrgica. No Brasil já existem centros de tratamento cirúrgico aprovados pelo Ministério da Saúde. Como proceder durante as crises:
Coloque a pessoa deitada de costas, em lugar confortável, retirando de perto objetos com que ela possa se machucar, como pulseiras, relógios, óculos. Introduza um pedaço de pano ou um lenço entre os dentes para evitar mordidas na língua. Levante o queixo para facilitar a passagem de ar. Afrouxe as roupas. Caso a pessoa esteja babando, mantenha-a deitada com a cabeça voltada para o lado, evitando que ela se sufoque com a própria saliva. Quando a crise passar, deixe a pessoa descansar. Verifique se existe pulseira, medalha ou outra identificação médica de emergência que possa sugerir a causa da convulsão. Nunca segure a pessoa (deixe-a debater-se) Não dê tapas Não jogue água sobre ela. Medicamentos para Epilepsia Os medicamentos mais usados para tratar alguns sintomas de epilepsia são:
Amato Carbamazepina Clonazepam Clopam Diamox Diazepam Depakene Fenitoína Fenitoína sódica Gabaneurin Gabapentina Hidantal Lyrica Oxcarbazepina Rivotril Topiramato Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula. Fonte: Minha Vida